Sindjus se reúne com conselheiro do CNJ, fala sobre porte de arma para policiais judiciais e alerta: “Isso é um drama”

A diretoria do Sindjus se reuniu, na tarde desta segunda-feira (20/3), com o conselheiro do CNJ, Giovanni Olsson, para tratar da inclusão dos Policiais Judiciais entre as categorias autorizadas a portar armas para a defesa pessoal fora de serviço. Participaram do encontro o coordenador-geral do Sindjus, Costa Neto, e o coordenador jurídico Igor Mariano.

Ao relatar um caso pessoal em que sofreu mais de 1.600 ameaças de morte em virtude do exercício das suas atribuições, Mariano apontou os riscos que os policiais judiciais são acometidos no dia a dia de trabalho e as consequências da ausência de arma para defesa pessoal e dos seus familiares e pontuou: “Isso é um drama”.

“Essa questão do porte de armas é um drama para a gente. Eu recebi milhares de ameaças. Em um só dia eu recebi mais de 1.600 ameaças pelas redes sociais, assim como minha esposa, pais e todo mundo que estava próximo a mim. Vivi essa grave exposição”, lamentou o coordenador.

Igor Mariano ainda pontuou que os policiais judiciais são gravemente expostos e as restrições ao porte de arma persistem. Ele disse que a luta do Sindicato é para que a Polícia Judicial seja tratada como as outras polícias de segurança institucional, como o GSI e a Polícia Legislativa.

“Muitas vezes a gente sai do expediente e não pode proteger as nossas próprias vidas. A nossa vida e a dos nossos familiares fica à mercê dos bandidos. A Polícia Judicial não pode ficar submetida a essa insegurança”, destacou.

O conselheiro Giovanni Olsson pontuou que depois do decreto a situação normativa ficou mais complicada e concordou com o coordenador do Sindjus sobre a necessidade de garantir o porte de arma para os policiais judiciais. “Precisamos garantir avanços. Precisamos valorizar os nossos quadros e qualificar os nossos policiais”, disse.

O conselheiro também informou que está em contato direto com o secretário de segurança do STF, Marcelo Schettini, em busca de encontrar uma solução para esse mosaico institucional que envolve o porte de arma para os policiais judiciais.

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