Policiais Judiciais retornam da missão no Rio Grande do Sul após 15 dias de apoio ao Poder Judiciário gaúcho

 

A equipe da Polícia Judicial enviada para prestar apoio durante a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul retornou da missão nesta quinta-feira (06/06). Os 30 agentes haviam sido requisitados pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), desembargador Alberto Delgado Neto, para prestar apoio no resgate dos moradores das cidades atingidas pelas chuvas, além da segurança institucional de presídios e demais prédios do Judiciário Federal.

“Foram 15 dias incansáveis e com centenas de atendimentos e mais de 100 toneladas de alimentos que nós auxiliamos a entrega. Fizemos desde a escolta dos caminhões da rodovia para entrar em Porto Alegre, até mesmo a distribuição em comunidades que além de pobres tinham ali algum grau de domínio do crime organizado. Fomos ao Eldorado do Sul e a outras comunidades devastadas e somente com o apoio da polícia era possível fazer esse trabalho de entrega de doações e nós tivemos a honra de participar. Nós fizemos um trabalho de inteligência bastante robusto e também de técnica policial. Montamos pontos de perímetro para poder guarnecer aos caminhões que estavam levando a doação e protegemos esse ponto, a gente conseguiu levar essa ajuda e fizemos a nossa parte”, relata o diretor do Sindjus e também do Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário (DSIPJ), Igor Mariano.

A iniciativa foi desenvolvida em colaboração com o TJ-RS e organizada pelo Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O CNJ é responsável por propor políticas e regulações para as atividades de segurança dos tribunais e conselhos, reforçando a importância da cooperação entre diferentes órgãos para ações humanitárias e de segurança. Os policiais judiciais também prestaram assistência aos servidores, colaboradores e terceirizados dos órgãos do poder judiciário, que estão sem local de trabalho devido à tragédia e alguns até mesmo desabrigados.

“Em todos esses dias da nossa atuação, não tivemos absolutamente nenhum incidente, nenhum acidente, os colegas trabalharam imbuídos desse sentimento de solidariedade, de empatia, nós pudemos presenciar situações gravíssimas e os nossos policiais reagiram como a gente esperava que fosse necessário, não teve cansaço, final de semana, nem feriado, madrugada adentro entramos fazendo, descarregando caminhões e auxiliando e mantendo o serviço de apoio à corregedoria, principalmente, mas também às itinerantes do Tribunal de Justiça, com as fiscalizações de presídios, de abrigos e também a serviço do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região”, explica Igor Mariano.

Após finalizar a missão, Igor Mariano destaca a sensação de dever cumprido. “Apesar de um sentimento natural de impotência, de ser um pouco de uma gota d’água num grande incêndio, mas a gente acha, sai com a sensação de dever cumprir o que é feito a nossa parte, que é o fato de a Polícia Judicial ter fortalecido o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Foi uma oportunidade para estreitar laços e demonstrar que somos um Poder Judiciário só. Uma Polícia para todo o Poder Judiciário. De modo que, nos honrou muito essa missão e a gente sai satisfeito, apesar do cansaço, os colegas estão exaustos, saudade de casa, mas cada um que retorna leva um pouco do Rio Grande do Sul, nós carregamos em nossos uniformes as bandeiras do Estado Gaúcho. Muitas pessoas não conheciam a Polícia Judicial, mas deixamos uma marca muito positiva, muitas puderam ver que a gente está aí para fazer esse papel junto à sociedade também”, ressalta.

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