Policiais Judiciais Recebem Capacitação para Atendimento a Pessoas Autistas nos Tribunais com Participação Ativa do Sindjus
Nesta quarta-feira (28/8), teve início no auditório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília (DF), o curso de formação de instrutores do protocolo “Polícia Judicial Amiga dos Autistas”. A iniciativa tem como objetivo capacitar multiplicadores para treinar policiais judiciais e outros agentes de segurança institucional do Poder Judiciário para lidar com pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de maneira digna, empática e respeitosa. As aulas se estenderão até o dia 30 de agosto.
Com uma meta de qualificar 200 agentes da Polícia Judicial e de segurança institucional, o curso detalha aspectos fundamentais para o atendimento a pessoas autistas nos tribunais. Ao longo do treinamento, os participantes aprenderão a identificar sinais e sintomas do TEA, além de estratégias de comunicação, técnicas de abordagem e gerenciamento de crises, com o intuito de promover um ambiente mais seguro e inclusivo.
O evento contou com a presença ativa do Sindjus, representado pelo presidente Costa Neto, que participou da mesa de abertura ao lado de importantes nomes como os conselheiros do CNJ, Guilherme Feliciano e João Paulo Schoucair, a secretária-geral do CNJ, Dra. Adriana Alves dos Santos Cruz, o Diretor-Geral do CNJ, Johaness Eck, o diretor do Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário (DSIPJ) do CNJ, Igor Tobias Mariano, o secretário de segurança do STF, Marcelo Canizares Schettini Seabra, e o estudante de direito e coordenador do programa “Autista na Universidade”, Vinicius Henrique Europeu Barbosa.
A capacitação, coordenada por Igor Tobias Mariano, visa garantir a continuidade e o aperfeiçoamento constante do projeto, com o intuito de integrá-lo permanentemente à identidade da Polícia Judicial. “Queremos que esse projeto siga vivo, sempre passando por reciclagens e aperfeiçoamentos. Não queremos um projeto para ficar na gaveta, mas que integre definitivamente a identidade da Polícia Judicial e seja acessado permanentemente pelos policiais”, destacou Mariano.
A programação inclui módulos teóricos, estudos de caso e exercícios práticos focados em três áreas principais: identificação (características do TEA, sinais e estereotipias), atendimento (estratégias de comunicação e técnicas de abordagem adequadas) e gerenciamento de crises (métodos para abrandar situações de conflito). Além disso, mais duas turmas do curso serão realizadas em 2024, nos dias 16 e 17 de setembro e 24 e 25 de outubro.
Costa Neto, presidente do Sindjus, ressaltou a importância de um atendimento humanizado e acolhedor aos autistas, lembrando que o Brasil tem cerca de dois milhões de pessoas com essa condição. “Com o curso de instrutores, capacitamos os policiais judiciais para que tenham o treinamento adequado, promovendo tratamento humanizado e respeitoso, servindo bem ao público”, afirmou Costa Neto.
O estudante de direito Vinicius Henrique Europeu Barbosa, que também é autista, reforçou durante a cerimônia de abertura a importância de disseminar informações corretas sobre o autismo. “É importante para as pessoas terem mais conhecimento porque não é birra como alguns falam. É uma condição que existe e é preciso que se respeite”, enfatizou.
A iniciativa demonstra o compromisso do Sindjus com a inclusão e a acessibilidade, apoiando projetos que visam capacitar os profissionais do Judiciário para oferecerem um atendimento digno e respeitoso a todos os cidadãos, especialmente aos mais vulneráveis.
Confira a transmissão feita pela TV CNJ, AQUI.
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