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Sindjus repudia generalização injusta feita pela Folha de S. Paulo

Servidores do Judiciário não são Magistrados. Já passou da hora do Brasil reconhecer nossa realidade.

O Sindjus manifesta seu repúdio à matéria intitulada “Ganho acima da inflação no Judiciário extrapola várias vezes o do funcionalismo” , publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em 9 de fevereiro de 2025. A reportagem contém informações distorcidas e generalizações equivocadas, que só contribuem para reforçar preconceitos e estereótipos sobre os servidores do Poder Judiciário da União.

A matéria trata servidores e magistrados como se fizessem parte de uma mesma categoria, ignorando as profundas diferenças entre suas estruturas remuneratórias, vínculos com o Estado e responsabilidades funcionais. Enquanto os servidores do PJU enfrentam anos de estagnação salarial, perda de direitos e ausência de recomposição inflacionária, acumulando perdas salariais elevadíssimas, os magistrados conseguem obter vantagens com a concessão de benefícios extras definidos por decisões administrativas e legislações específicas.

A reportagem também omite contextos fundamentais, como a complexidade e a relevância do trabalho realizado pelos servidores do Judiciário. Analistas, oficiais de justiça, técnicos, policiais judiciais e auxiliares são responsáveis por garantir o funcionamento eficiente do sistema de justiça brasileiro, atendendo à população com dedicação e compromisso, mesmo diante de condições adversas, como sobrecarga e estresse no trabalho, metas rigorosas e orçamentos insuficientes.

A narrativa construída pela Folha de S. Paulo ignora ainda o reajuste irrisório no auxílio alimentação, praticamente um escárnio, de R$ 67,30, concedido recentemente aos servidores, enquanto a inflação dos alimentos superou 8%, e silencia sobre as perdas acumuladas ao longo dos anos, incluindo a violação e retirada de direitos consolidados e a relativização de decisões judiciais que reconheceram direitos básicos da categoria. Esses retrocessos contrastam com a produtividade excepcional do Judiciário brasileiro, que figura entre os mais eficientes do mundo, graças ao esforço hercúleo desses servidores.

Outro ponto preocupante da matéria é a utilização de dados descontextualizados, como os valores médios e medianos de remuneração, sem considerar as disparidades internas dentro do próprio Judiciário. A reportagem sugere que todos os servidores do Judiciário recebem remunerações elevadas, quando, na realidade, os servidores enfrentam defasagem salarial e condições precárias de trabalho.

O Sindjus lamenta que o jornal tenha negligenciado indicadores claros de excelência e transparência nos tribunais, a exemplo da Justiça Eleitoral, que, mesmo com recursos limitados, realiza eleições exemplares e elogiadas no mundo inteiro.

Diante das inverdades propagadas pela Folha de S. Paulo, o Sindjus exige retratação pública a partir de dados e informações corretas.

Reafirmamos nosso compromisso em defender os direitos dos servidores do PJU, combatendo narrativas distorcidas e injustas que desvalorizam o trabalho desses profissionais e diminuem sua importância para a democracia e a justiça no Brasil.

Por fim, informamos que já acionamos nossa Assessoria Jurídica para notificar o jornal e exigir o direito de resposta. Caso não haja reparação adequada, adotaremos todas as medidas legais cabíveis para garantir o respeito à verdade e à dignidade dos servidores que representamos.

Orgulho de ser Sindjus! Filie-se e fortaleça o seu Sindicato.

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