Ato no STF: Servidores ocupam Praça dos Três Poderes

A greve continua. Essa foi a mensagem dada pela categoria ontem (8/6) no ato público nacional realizado em frente ao STF. “Não podemos desanimar. Estamos no caminho certo. Temos de enfrentar os tribunais para conseguir, até a próxima semana, a aprovação dos nossos projetos”, defendeu, Berilo Leão, durante o ato.

Por mais de duas horas cerca de quatro mil pessoas lotaram as laterais do STF. Como fizeram nas outras vezes, os manifestantes foram até o pátio em frente ao anexo do prédio e convocaram os demais servidores a também se engajarem no movimento. “De camarote não, a luta é aqui no chão!”, gritavam. O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, também era alvo da contestação dos manifestantes. “Oh Peluso, negocia, e valorize a categoria!”, reivindicavam.

Entre todos os presentes era flagrante a insatisfação com a falta de apoio da administração da Justiça para a aprovação dos projetos de lei 6613/09 e 6697/09. Enquanto o governo federal concedeu recentemente reajustes significativos para carreiras semelhantes às do Judiciário, os presidentes dos tribunais superiores aceitam a enrolação do governo quando o reajuste é para os seus servidores. E, o pior, reprimem a greve com ameaça de corte de ponto e obtenção de liminares.

A boa notícia em relação ao STJ é de que lá mais da metade dos servidores aderiu à greve. A decisão do ministro Carlos Meira de estabelecer que apenas 20% dos servidores do Tribunal Superior Eleitoral façam greve, acirrou os ânimos na casa dele, aumentando a participação dos grevistas.

Agenda – Nesta quarta-feira (9/6), os servidores da Justiça em greve terão muito que fazer. Logo cedo, às 9h30, está marcada uma reunião na CTASP, no plenário 12 da Câmara dos Deputados. Os servidores vão pressionar os parlamentares a aprovarem os projetos de lei 6613/09, que está parado na Comissão.Às 15h está marcado um novo ato público em frente ao STF.

Para esta quarta-feira também está marcada uma reunião dos diretores-gerais dos tribunais superiores com técnicos do Ministério do Planejamento. Depois dessa negociação, a informação obtida pelo Sindjus é de que o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, vai negociar diretamente com o presidente Lula.

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