MPU: A posição do Sindjus não só é clara, como legitima

O 6º Congresso do Sindjus, realizado nos dias 27 e 28 de maio, no Parlamundi, em Brasília, aprovou a equiparação salarial dos servidores do Judiciário e do MPU com carreiras análogas, por meio do reajuste da GAJ e do GAMPU.

O congresso é, sem dúvida, um evento ímpar no que diz respeito à legitimação do desejo da maioria dos servidores que integram a nossa categoria. E, nesta sexta edição, mais uma vez a vontade da maioria prevaleceu.

O Sindjus tem muito orgulho em ser um sindicato unificado, que defende, com a mesma veemência, os pleitos dos servidores do Judiciário e do MPU. Afinal, no nosso entendimento, são duas categorias irmãs. O melhor para uma é, sem dúvida, o melhor para a outra também.

Tanto que o próprio Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, determinou que a revisão do plano de cargos e salários do MPU seguisse a mesma linha do projeto elaborado para o Judiciário. Embora sejam projetos independentes, o PL 6613 e o PL 6697 estão atrelados. Como em outros momentos da nossa história, um deve puxar a aprovação do outro.

Dizemos isso porque, mais uma vez, deve prevalecer o sentimento de unidade entre nós. Se optarmos por uma linha totalmente diferente da traçada no projeto do Judiciário – linha esta defendida pelo próprio PGR, corremos o risco de colocar a perder toda nossa caminhada e acumularmos uma série de prejuízos.

Outras entidades defendem uma mudança radical de rumos, o racha da categoria, a desvinculação do modelo do Judiciário, mas nós, do Sindjus, temos uma posição clara sobre isso: defendemos a unidade. E nossa posição não é uma posição qualquer, mas uma posição referendada pelo nosso 6º Congresso.

Não se trata de uma posição pessoal, mas de uma posição que é resultado de muito debate, muito estudo, muita experiência. Uma posição que nos orgulha muito, tanto que estamos percorrendo todo o Ministério Público, convocando os servidores para nossos atos. Atos conjuntos. Atos que somam forças. Atos que aumentam a visibilidade da nossa luta.

O modelo remuneratório preferencial da categoria passa pelo reajuste da GAMPU. Depois da consolidação dessa posição no 6º Congresso, o movimento grevista encampado pelo Sindjus tem conseguido a adesão de diversos servidores que antes eram contrários a esse modelo remuneratório. Porém, convenceram-se da importância e das vantagens da unidade.

Sabemos que a aprovação da audiência pública sobre o PL 6697 não passa de uma manobra política para protelar a aprovação do nosso plano. Infelizmente, certas entidades se alinham aos interesses do governo – que não tem pressa alguma em aprovar o nosso projeto – para tentar deturpar o real interesse dessa categoria, que é o de equiparação salarial com carreiras análogas, por meio do reajuste da GAMPU.

O Sindjus sempre foi e continua sendo a maior referência de mobilização no que diz respeito aos servidores do Judiciário e do MPU em todo o Brasil. Somos o maior sindicato unificado deste país. Maiores tanto em número de filiados quanto em número de conquistas.

Diante disso, temos autoridade moral para dizer que o Sindjus, que jamais opta pelo interesse particular em detrimento do interesse coletivo, defende a equiparação imediata dos salários dos servidores do MPU e do Judiciário com os salários de servidores de outras carreiras que desenvolvem atribuições semelhantes as nossas.

Defendemos a equiparação salarial sem que para isso seja necessário extinguir direitos já adquiridos ou adotar quaisquer outras medidas que prejudiquem o conjunto de servidores. É por respeitar todos os servidores que nós, do Sindjus, defendemos, com muita honra e com muita garra, a posição aprovada no 6º Congresso.

Uma posição que não só é clara, como legitima.

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