Prazo de 30 dias pedido por Britto se exaure sem negociação e a CFT o retira da pauta da reunião de hoje
Às 10h48 desta quarta-feira (23), o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, deputado Antônio Andrade, verificando a existência do número regimental de deputados, declarou aberta a reunião ao som de gritos de “vota, vota, vota” entoados pelos servidores do Judiciário que lotaram o plenário com adesivos, faixas e cartazes.
Reunião com Britto
O presidente informou que na noite de ontem (22), ele e alguns deputados, incluindo o relator do nosso PCCR, deputado Policarpo, reuniram-se com o ministro Ayres Britto no STF. O deputado Antônio Andrade considerou a reunião bastante proveitosa, mas, passado os 30 dias pedidos pelo ministro Ayres Brito nada de concreto foi apresentado e o presidente ainda pediu mais 15 dias.
Os servidores não concordaram com esse prazo e protestaram, gritando “greve” e “PCS já ou a Justiça vai parar”. O presidente pediu paciência e informou que às 9h de amanhã estará com a ministra de Relações Institucionais, Idelli Salvatii, para tratar também da resolução deste impasse. Segundo o deputado, a expectativa é de que até meados de junho a CFT vote esse projeto.
O deputado Pauderney Avelino pediu um voto de confiança ao presidente da CFT, dizendo que ele tem honrado os compromissos assumidos. No entanto, pediu só uma semana de prazo e não duas. “O poderoso governo da presidente Dilma não pode jogar no colo desta comissão um compromisso que é do governo. Não temos compromisso, enquanto comissão, de fazer a política do governo”, destacou. Pedindo um basta à enrolação, disse que o projeto precisa ser colocado em votação e quem quiser votar contra o PL 6613/09 que vote e assuma essa responsabilidade.
O deputado João Dado parabenizou os servidores e disse que esta é uma das maiores mobilizações que já vi nos últimos 30 anos. Frisou que o Judiciário está unido tanto na aprovação do reajuste dos servidores quanto na aprovação do subsídio dos magistrados. Reforçou que Britto, que está há 32 dias na presidência, precisa de tempo para fazer as tratativas necessárias com o Executivo.
O relator do PL 6613/09, deputado Policarpo, reafirmou que a Comissão de Finanças e Tributação precisa votar o projeto e aprová-lo para forçar um acordo com o governo no Plenário, como aconteceu nas edições passadas do nosso plano. Policarpo cobrou que a votação ocorra na próxima quarta.
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