Terça-feira (28) é dia de luta contra a reforma da Previdência. Sindjus convoca categoria

A próxima semana será marcada por uma agenda de intensas atividades e mobilizações com o objetivo de barrar o avanço da Proposta de Emenda à Constituição nº 287/2016, que altera as regras de aposentadoria dos servidores públicos e dos trabalhadores do setor privado. Sindicatos, federações e centrais sindicais preparam um calendário unificado, considerando a possibilidade de a proposta ser apreciada nas próximas semanas na Câmara dos Deputados.

Dentro desse calendário, na terça-feira (28/03) será o dia nacional de luta contra as reformas previdenciária e trabalhista e em defesa do serviço público. Para este dia, as entidades que compõem o Fonasefe (Fórum Nacional de Entidades dos Servidores Federais) indicam a realização de atos em Brasília e nos estados, unificado também com diversos movimentos sociais e estudantis. Entre as atividades indicadas para serem realizadas são as vigílias nas superintendências estaduais da Previdência Social.

Em Brasília, haverá uma série de atividades, com uma agenda que começará às 7h, no Aeroporto Juscelino Kubischek, onde servidores de várias categorias irão conversar com os parlamentares sobre a PEC 287. O objetivo é apresentar os efeitos nocivos da proposta e convencer deputados e senadores a derrotarem a reforma da Previdência.

Em seguida, após carreata saindo do aeroporto, as entidades sindicais se concentrarão, a partir das 9h, em frente ao Bloco K do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). No local, será realizado um ato dos servidores públicos federais, que cobrarão um retorno à pauta de reivindicações da campanha salarial unificada e o agendamento de reunião para iniciar as negociações.

Do MPOG, os servidores seguirão para a mobilização no Congresso Nacional, com concentração às 13h em frente ao Anexo 2 da Câmara dos Deputados.

O Sindjus-DF, seguindo o calendário proposto pelo Fonasefe, participará das atividades do dia 28 e convoca os servidores do Judiciário e MPU para se somar às demais categorias e movimentos sociais. O governo tem encontrado dificuldades em garantir apoio ao conteúdo original da proposta e, por isso, tem lançado mão de vários mecanismos de pressão junto aos parlamentares de sua base de sustentação para que eles votem na reforma da Previdência. Nem mesmo o calendário de votação inicial, apresentado pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), se confirmou, uma vez que não há acordo entre os próprios aliados de Temer. Nesse cenário de contradições e divergências, é preciso intensificar as mobilizações para derrotar de vez essa proposta.

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