Jornal de Brasília: Atividades suspensas

Servidores do Judiciário no Distrito Federal

decidiram, ontem, em assembleia, suspender suas

atividades nesta quarta-feira. A partir de 9h,

representantes da categoria vão acompanhar a sessão da

Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos

Deputados na tentativa de que o Projeto de Lei (PL)

6.613/09, que define reajuste salarial do segmento, seja

colocado em votação e aprovado. A concentração será no

espaço entre os anexos II e IV da Câmara. “Te m o s

condições reais de aprovar o nosso projeto ainda este ano

conforme desejado”, diz o Sindjus, que representa a

categoria. Uma das expectativas da categoria é de que o

PMDB ratifique seu apoio à aprovação do PL,

manifestado pelo deputado Henrique Eduardo Alves

(RN), líder do partido na Câmara, ao diretor-geral do STF,

Alcides Diniz. Relator da proposta, o deputado Roberto

Policarpo (PT-DF) acredita que o apoio peemedebista tem

que se traduzir na inclusão e aprovação do projeto na

sessão de hoje da CFT. Nova assembleia na próxima

terça-feira definirá os rumos do movimento da categoria,

caso a proposta não receba sinal verde hoje.

Juízes também param

Os magistrados da Justiça Federal e do Trabalho

também vão cruzar os braços nesta quarta-feira em

todo o País. Além dos juízes, os servidores de 19

estados permanecem em greve por tempo

indeterminado. Além de aumento salarial, cerca de

3.600 juízes do Trabalho reclamam da falta de

segurança e da desvalorização da carreira. A

paralisação deve ocorrer mesmo com a decisão do

Conselho Superior da Justiça do Trabalho de cortar o

ponto de juízes e servidores grevistas. Já os juízes

federais, conforme haviam prometido, entregaram,

ontem, à Advocacia-Geral da União, as citações e

intimações acumuladas desde 17 de outubro, quando

iniciaram boicote contra o governo. Segundo o

presidente da Associação dos Juízes Federais, Gabriel

Wedy, as ações urgentes, criminais, as que tratam de

aposentadorias e de fornecimento de remédios pelo

SUS foram poupadas do protesto. “Nos últimos seis

anos, os juízes acumulam perdas inflacionárias nos

seus subsídios de mais de 30%, tendo recebido no

período apenas 8% na revisão destes”, afirma Wedy.

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