Trabalho intenso para trazer servidores do STF à greve

Os coordenadores do Sindjus Luiza Gallo e Jean Loiola percorreram, na tarde de ontem (8), os locais de trabalho do STF em conjunto com os servidores do Fórum de Ceilândia, que participaram de caravana solidária. O objetivo foi o de sensibilizar os servidores do Supremo sobre a necessidade deles aderirem imediatamente à greve, visto que o governo vai definir na próxima semana quais as categorias irá contemplar com reajustes salariais. Somente uma greve forte evitará que fiquemos de fora do anúncio do governo.

O servidor Paulo de Tarso, do STF, ficou muito feliz com esse arrastão de conscientização realizado ontem. “Servidores do TSE, TJDFT e Fóruns estiveram aqui e falaram por quase uma hora sobre a extrema necessidade da greve. No Supremo são 1.200 servidores e até agora quase ninguém aderiu à greve. É importante que o Sindjus continue enviando essa gente guerreira para acordar o pessoal do STF e dos órgãos onde não há adesão. Parabéns!”, afirmou o servidor que dá o exemplo participando de assembleias, passeatas e manifestações.

Testemunhos dos próprios servidores

Um dos argumentos utilizados durante o arrastão foi o de comparar as realidades dos servidores. “No TJDFT mitiga-se uma pensão alimentícia de R$ 70,00 e deixamos esses processos tão importantes para vir lutar pelo reajuste de toda a nossa carreira. O que julga o STF mais urgente que isso?” discursou emocionado o servidor do Fórum de Ceilândia Aldinon Silva.

O STF é considerado pelo Sindjus um órgão muito estratégico para forçar a negociação, pois é um tribunal onde a greve produz impactos praticamente imediatos na mídia e junto aos próprios ministros. Com o Supremo na greve, a nossa reivindicação alcançará outro patamar.

“A greve é um processo de convencimento e não desistiremos de fazer a greve crescer no STF. Ontem foram os servidores de Ceilândia, hoje organizaremos outro grupo de servidores e dessa forma esperamos mostrar para o servidor do STF que o lugar dele é na luta, ao lado de toda a categoria”, declarou Jean Loiola.