Em discurso de posse, Lewandowski afirma trabalhar pela nossa valorização salarial

Ao longo de seu discurso de posse como presidente do STF, o ministro Lewandowski, na última quarta-feira (10), enfatizou a necessidade de “restaurar a autoestima” da magistratura e dos servidores do Judiciário. Comprometeu-se a dar “particular atenção” à recuperação das perdas salariais, de modo a garantir uma remuneração condigna. Isso faz parte do seu “sonho de ver um Judiciário forte, unido e prestigiado”.

O discurso de posse seguiu a mesma linha da conversa que o ministro teve com o Sindjus no dia 9, de que vai se empenhar para mudar esse cenário de desvalorização. Mais do que coerência, o fato de o ministro ter vindo a público se comprometer com a valorização dos servidores e dos magistrados, demonstra que ele está, de fato, abraçando essa luta.


Veja abaixo a parte final do discurso que ilustra esse compromisso:



“Por fim, deveremos restaurar a autoestima dos honrados magistrados e operosos
servidores do Poder Judiciário, cuja importância, no tocante à relevante tarefa de
pacificação social, que realizam diuturna e anonimamente, não tem sido adequadamente reconhecida pela sociedade e autoridades em geral. Haveremos de fazê-lo mediante a correta divulgação dos serviços essenciais que prestam ao Brasil, não raro com risco para a própria vida e integridade física.

Particular atenção será dada à recuperação de suas perdas salariais, de modo a
garantir-lhes uma remuneração condigna com o significativo múnus público que
exercem, bem como assegurar-lhes adequadas condições materiais de trabalho, além de proporcionar-lhes a oportunidade de permanente aperfeiçoamento profissional mediante cursos e estágios aqui e no exterior.

“Permitimo-nos concluir com uma frase de Martin Luther King pronunciada em
1963, no Lincoln Memorial, em Washington: I have a dream; “Eu tenho um sonho”.

Era um sonho de igualdade e de fraternidade para todos os americanos indistintamente.

Nós também temos um sonho: o sonho de ver um Judiciário forte, unido e prestigiado, que possa ocupar o lugar que merece no cenário social e político deste País. Um Judiciário que esteja à altura de seus valorosos integrantes, e que possa colaborar efetivamente na construção de uma sociedade mais livre, mais justa e mais solidária, como determina a Constituição da República, a qual todos os magistrados brasileiros, de forma uníssona, juraram respeitar e defender”.

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