Grevistas fecham a Esplanada por mais de uma hora e dão recado a Dilma, Levy e Barbosa

Mais de mil servidores do Judiciário e MPU com apitos, faixas, bandeiras, cornetas, cartazes fizeram um ato histórico na tarde desta quarta-feira (17/06), fechando totalmente a Esplanada dos Ministérios, na altura do Palácio do Planalto, por mais de uma hora.

Primeiramente, os servidores se concentraram em frente ao Ministério do Planejamento, fazendo muito barulho diante do órgão que divulgou, recentemente, uma nota repleta de equívocos sobre a remuneração e o pleito da categoria. Um buzinaço chamou a atenção de todo o prédio.

Em seguida, os manifestantes desceram na contramão rumo ao Palácio do Planalto, passando em frente ao Ministério da Fazenda, onde o ministro Joaquim Levy estava reunido com os governadores da Paraíba e do Piauí. Por volta das 16h40, os servidores, já ocupando todas as faixas da Esplanada, chegaram às proximidades do Palácio do Planalto e se depararam com um cordão de isolamento feito pela tropa de choque da Polícia Militar.

A grande mídia (Globo, CBN, Record, Yahho, Uol, Correio Web, G1, Radio Nacional, Rede TV, Folha de S.Paulo, dentre outros veículos) estava presente registrando a indignação dos servidores e a retaliação da Polícia Militar que não permitiu que os servidores avançassem até a frente do Palácio do Planalto, onde a presidente Dilma Rousseff estava reunida com o presidente mundial da Siemens.

Wlamir Martines, um assessor da Secretaria-Geral da Presidência foi até os coordenadores propor que se formasse uma comissão para se reunir e apresentar a reivindicação dos servidores, como tentativa de liberação da pista o que desmobilizaria o ato. No entanto, a Diretoria do Sindjus informou que não aceita mais enrolação por parte do governo e exige uma resposta, pois o Palácio do Planalto já conhece há muitos anos o pleito dos servidores. Os coordenadores disseram que só aceitariam conversar se alguém trouxesse a contraproposta do governo aos PLCs 28 e 41. Ninguém apareceu.

Depois de permanecerem por mais de uma hora fechando a Esplanada, fazendo muito barulho e dando o recado ao Executivo, os servidores encerraram o ato com uma grande vaia à presidente Dilma Rousseff, que tem submetido a nossa categoria a um arrocho severo. Nesta quinta-feira (18/6), os piquetes e arrastões solidários serão reforçados e na sexta-feira (19/6), assembleia-geral, às 15h, na Praça dos Tribunais, define os próximos passos da luta. Importante lembrar que na sexta-feira encerra-se o prazo dado pelo Executivo (Joaquim Levy) ao Judiciário (Ricardo Lewandowski) para apresentar uma contraproposta.

O importante agora, segundo a Diretoria do Sindjus, é fortalecer e ampliar a greve.

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