Dia da Consciência Negra: pelo fim do racismo e pela promoção da igualdade


Celebramos o Dia da Consciência Negra convidando todos a se posicionar contra o racismo. O racismo declarado e velado, o racismo institucional e estrutural, o racismo primário e secundário. Enfim, é preciso dar um basta nesta diferenciação racial que oprime, machuca e mata um universo de pessoas.

Segmentos da sociedade e os poderes públicos não podem esquecer de que as instituições, em sua natureza, não têm cor, ao tempo em que possuem todas as cores. Ao menos, deveria ser assim. A Justiça é dos brancos, dos negros, dos vermelhos, dos amarelos. Não há justiça na segregação racial.

E como servidores, temos o papel de promover a cultura de inclusão, trabalhando por uma sociedade multirracial baseada no respeito incondicional. E ainda como categoria, devemos dar as mãos, independentemente da cor delas, e lutar por nossos direitos e por novas conquistas.

E não basta combater o preconceito, faz-se necessário promover a igualdade. Para isso, esse debate racial deve estar presente nos órgãos do Poder Judiciário e do MPU. Que mais negros possam ocupar cargos de chefia, por exemplo; negros na direção-geral, nas secretarias.

“Quando fui empossado no serviço público, há mais de vinte anos, eram pouquíssimos negros. Era intimidador, pois o Poder Judiciário se mostrava, em sua esmagadora maioria, uma instituição branca. Ao longo dos anos o número de servidores negros foi aumentado, mas o retrato do serviço público ainda não é o retrato da sociedade brasileira. Não só servidores, mas há uma minoria de magistrados e membros do MPU negros. Nossa luta é por justiça, por respeito, por inclusão. Nossa luta é contra o racismo e qualquer tipo de preconceito ou discriminação”, afirmou Cledo Vieira, coordenador de Assuntos Jurídicos do Sindjus-DF.

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares.
A data foi criada em 2011 pela Lei 12.519. Essa lei não transformou a data em feriado nacional, assim, os governos de cada estado e cidade do Brasil devem optar por ser feriado ou não.

Sem dúvida, trata-se de um dia de muita reflexão e luta em prol de uma sociedade mais justa e harmônica. Dia de reconhecer e celebrar a imensa contribuição que a população negra deu ao Brasil. Dia de dizer não a toda e qualquer ideia ou prática racista. Dia de nos conscientizarmos de que a cor da pele não faz ninguém melhor ou pior, pois somos todos humanos, e que ao contrário de odiar, amemos uns aos outros, brancos, negros, amarelos, vermelhos…

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