Mudança na presidência do STM renova esperança dos servidores

Nesta segunda-feira (16), a ministra Maria Elizabeth Rocha, a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Superior Tribunal Militar (STM), foi empossada no cargo de presidenta da Corte. Assume o lugar do ministro Raymundo Cerqueira, que se aposenta compulsoriamente por completar 70 anos, e cuja gestão foi marcada por uma série de polêmicas denunciadas e combatidas pelo Sindjus, que, dada a falta de diálogo, precisou levar até o CNJ o processo de militarização em curso no STM.

O coordenador do Sindjus Beto Sampaio saiu de uma conversa com a ministra dias antes de sua posse como presidenta bastante animado, afirmando que os servidores podem ter esperança no tocante à valorização dos quadros e da defesa da natureza civil do tribunal. “O Sindjus agora vai conversar oficialmente com a presidenta, levando todas as reivindicações dos servidores, desde a pauta coletiva, como o reajuste, quanto a questões específicas, como a distribuição de funções comissionadas e apartamentos funcionais. Eu acredito que sua gestão será completamente diferente da do antecessor, marcada por diálogo e respeito com os servidores da casa”, afirmou Beto.

O Sindjus já pediu audiência com a presidenta Elizabeth Rocha, uma ministra que ficou conhecida pela defesa dos direitos humanos desde que ocupou uma cadeira no STM. Destacando o momento histórico de ser a primeira mulher na história a presidir o tribunal, ela defendeu, em seu discurso de posse, uma participação mais ampla das mulheres nas esferas de poder. “Uma democracia sem mulheres é uma democracia incompleta,” exclamou.

Durante a posse, a ministra, que ficara nove meses à frente do STM, defendeu que a corte tenha direito a uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Somos a mais antiga corte do país, mas não temos voz nem voto ali dentro e isto me parece uma inconstitucionalidade, para dizer o mínimo,” criticou.

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