Serviço público à beira do colapso

O serviço público tende a entrar em colapso num futuro próximo. Sem investimentos no quadro, com sucessivos cortes orçamentários, o cenário é preocupante. Hoje, segundo apurado pelo Estado de S. Paulo, existem cerca de 2 milhões de servidores com pelo menos 50 anos de idade. Nos próximos dez anos, eles terão direito à aposentadoria.

Em razão da crise financeira, há o sério risco de esses servidores – que representam um terço do pessoal do setor público nos três níveis (federal, estadual e municipal) – não serem substituídos, o que trará consequências terríveis como sobrecarga de trabalho e comprometimento da prestação de serviços públicos.

No caso do Judiciário, por exemplo, todo o avanço em matéria de ampliação do acesso à Justiça ficará ameaçado com a redução do quadro. Hoje já há déficit de servidores em vários tribunais e ramos do MPU. A situação tende, portanto, a piorar.

Infelizmente, enxergamos apenas a ponta do iceberg. A má administração dos recursos públicos por sucessivas gestões tem afetado seriamente a contratação de novos servidores e o funcionamento do serviço público.

É necessário, portanto, unir e mobilizar as diversas carreiras do funcionalismo para impedir o sucateamento do serviço público. Temos que lutar e resistir, pois não podemos pagar a conta de uma crise que não é nossa. Um País forte está diretamente relacionado a um serviço público valorizado.

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