Desesperado, governo negocia concessões para tentar aprovar PEC 287

O relator da PEC 287/16 (Reforma da Previdência), deputado Arthur Maia (PPS-BA), admitiu a negociação de um “pacote de mudanças” em troca do apoio de parlamentares ao texto. Tais alterações dizem respeito a beneficiar grupos específicos, como policiais, cujos interesses estão sendo defendidos pela bancada da bala.

“É melhor fazer concessões e garantir aprovação de regime previdenciário igual para todos do que não fazer essa mudança”, defendeu o deputado, que acrescentou “A ideia que temos em relação ao projeto seria: acertando um pacote de mudanças que traga os votos necessários, seria apresentada pela base aliada uma emenda aglutinativa a ser absorvida ao parecer”.

Durante reunião, o governo apresentou, de acordo com o deputado, um mapeamento com 275 votos a favor do texto da forma como ele está e outros 55 a 60 deputados que são considerados indecisos. O governo teria ganho 25 votos desde a última avaliação. Apesar de dizer que o placar é positivo, Arthur Maia disse que seria “temerário” levar pra votação sem expectativa de conquistar 320 a 330 votos.

Como se pode observar, o clima é de insegurança.

O Sindjus-DF combate a Reforma da Previdência e entende que um ou outro remendo no texto não vai transformar a proposta em algo positivo. Portanto, não adianta maquiagens, a PEC 287 é nociva em sua essência. Não podemos nos deixar iludir, tampouco cair em armadilhas. Está mais do que claro que o governo não está do lado dos servidores públicos. Essas possíveis concessões (que, na verdade, são compra de voto) mostram uma base governista desesperada. Por isso, temos que manter nossa posição e intensificar a luta.

Todos contra a Reforma da Previdência!

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