Manifestação, sexta-feira (21/09), às 9h, em frente ao Buriti, pela inclusão escolar

Na próxima sexta-feira (21/09), várias instituições do DF – Moab, Ápice Down, Abraci, Movin, Resai – promoverão manifestação em frente ao Palácio do Buriti, às 9h, em defesa da inclusão escolar. O dia foi escolhido estrategicamente, já que nessa data comemora-se o dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.

Em reunião recente na Defensoria Pública do DF representantes dessas associações entregaram uma pauta elaborada através de sugestões de pais de alunos especiais. Entre as principais preocupações está o fato das crianças das turmas TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento) que vão completar 11 anos estarem sendo deslocadas das escolas classes, onde tem uma atenção especial, para os centros de ensino fundamental.

O maior problema é que, segundo o MEC, essas crianças podem permanecer nas escolas classe até os 15 anos ou serem transferidas para os centros de ensino fundamental somente a partir de um estudo individualizado de cada caso, junto à autorização dos pais, para avaliar se, de fato, os menores estão preparados para essa mudança.Ana Paula, mais conhecida como Ana Golias, tem um filho especial e participa do MOAB (Movimento Orgulho Autista). Ela está à frente dessa manifestação, na qual também estarão pais e professores, em prol da causa. Ela acredita haver um movimento silencioso da Secretaria de Educação, não só nessa gestão, de fechar classes especiais.Atualmente, o cenário nacional e do DF, é que as famílias não têm condições de manter seus filhos em escolas particulares, aumentando assim o número de inscritos nas escolas públicas.

Paralelamente, não há construções de novas escolas, falta investimento nas que já existem, e ainda sim querem acabar com as turmas especiais. Segundo Ana, as turmas especiais nunca são fechadas por conta de falta de alunos e sim por falta de espaço.Em resumo, essa mudança está acontecendo sem uma estrutura apropriada, sem profissionais capacitados, onde a formação acadêmica e pedagógica das crianças fica prejudicada. Toda essa situação acaba deixando as famílias acuadas, já que o descaso fere os princípios de integração das crianças no ambiente de aprendizagem. As turmas especiais em salas regulares são trampolins para a inclusão.O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e do MPU no DF se solidariza, apoiando esta causa e participando, por meio do seu Núcleo de Inclusão de Pais e Servidores, dessa manifestação, inclusive, com faixas e banner. O Sindjus-DF seguirá acompanhando de perto essa e outras lutas no intuito de garantir o direito das pessoas com deficiência.

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